NUTRIÇÃO
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![NUTRIÇÃO OS 10 PRINCÍPIOS DA DIETA MEDITERRÂNICA EM PORTUGAL](https://nege.pt/wp-content/uploads/2020/02/Os-10-princípios-da-Dieta-Mediterrânica-em-Portugal-1-1024x724.jpg)
![NUTRIÇÃO COMER, BEBER E VIVER](https://nege.pt/wp-content/uploads/2020/02/Comer-beber-e-viver-201.jpg)
![NUTRIÇÃO NO DESPORTO](https://nege.pt/wp-content/uploads/2020/02/Nutrição-no-Desporto-0201.jpg)
NOTA INTRODUTÓRIA
Os praticantes de desporto de todos os níveis sempre aspiraram a chegar mais longe e mais depressa com a ajuda da alimentação. Desde a antiguidade clássica que se consomem determinados alimentos ou partes de animais como “ajuda” ergogénica ao desempenho físico.
Estas superstições chegaram praticamente até ao Séc. XX onde o desenvolvimento científico da bioquímica e da fisiologia do esforço associado ao melhor conhecimento da composição dos alimentos permitiram o aparecimento de uma base científica para aconselhar todos aqueles que aspiram a superar-se fisicamente através do treino e da alimentação.
A par destas necessidades, relacionadas com o desempenho dos atletas, acumulou-se um amplo consenso sobre a relação entre a atividade física moderada, regular e a saúde. Sabemos hoje que a alimentação saudável e o exercício físico são os principais determinantes da nossa saúde, capazes de impedir ou retardar o aparecimento das principais doenças que nos matam ou incapacitam. As doenças oncológicas ou cardiovasculares podem ser amplamente prevenidas pela adoção de hábitos alimentares saudáveis (nomeadamente pelo consumo diário de fruta e hortícolas), pela regulação do peso corporal e pela prática regular de exercício físico.
Apesar da enorme produção de conhecimento científico de qualidade nesta área, os praticantes de desporto de todos os níveis, desde aspirantes a profissionais, são hoje confundidos por uma grande profusão de informação de má qualidade, nomeadamente na internet. São muitos os pretensos especialistas que, muitas vezes a coberto de interesses comerciais, aconselham determinados produtos ou estratégias alimentares, sem base científica e com evidentes riscos a longo prazo para a saúde dos cidadãos.
Foi com a intenção de apresentar um conjunto de orientações de base científica para quem apoia e para quem pratica desporto que o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável convidou dois reputados investigadores e especialistas nacionais nesta área para escreverem este Manual. Felizmente, existe hoje em Portugal uma “escola” de nutrição no desporto, onde estes dois autores são protagonistas, que está a fazer o seu caminho e que é já reconhecida internacionalmente.
Com estes peritos iremos abordar questões como a suplementação, o consumo de proteína, de hidratos de carbono, antes, durante e após o esforço e, em geral o papel dos alimentos e nutrientes no desempenho físico. Como se compreenderá após a leitura deste documento, muito ainda ficará por discutir e aprender. Esperamos em breve voltar ao assunto e desejar, entretanto, uma prática desportiva, regular, segura e nutricionalmente adequada.
Pedro Graça
Diretor Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável